Monday, 11 November 2013

Neurocirurgião volta do coma e se convence que há vida após a morte

Alexander Eben entrou em coma profundo, teve visões de uma espécie de paraíso, e voltou convencido de que existe vida do outro lado.

O Fantástico conta uma história do além! Um neurocirurgião americano nunca acreditou em vida após a morte até passar por uma experiência dramática. Ele entrou em coma profundo, teve visões de uma espécie de paraíso, e voltou convencido de que existe vida do outro lado.
O que existe depois que a vida acaba? Para o neurocirurgião Alexander Eben, a morte sempre significou o fim de tudo. Ele entende do assunto: foi professor da escola de medicina de Harvard, nos Estados Unidos, e há mais de 25 anos estuda o cérebro.
Sempre tinha uma explicação científica para os relatos dos pacientes que voltavam do coma com histórias de jornadas fora do corpo para lugares desconhecidos. Até que ele próprio vivenciou uma delas. E agora afirma: existe vida após a morte.

Era 10 de novembro de 2008. O doutor Alexander é levado às pressas para o hospital, com fortes dores de cabeça. Ao chegar lá, é imediatamente internado na UTI. Em poucas horas já estava em coma profundo.
Ele havia contraído uma forma rara de meningite. Quando o doutor Alexander entrou no hospital os médicos disseram à família que a possibilidade dele sobreviver seria muito baixa.  Ele ficou em coma profundo por sete dias. E foi durante esse período que o doutor Alexander afirma ter tido a experiência mais fantástica que um ser humano pode ter.

Na jornada que eu tive não existia corpo, apenas a minha consciência, diz o médico. Meu cérebro não funcionava. Eu não me lembrava de nada da minha vida pessoal, meus filhos, ou quem eu era.
Ele escreveu um livro para relatar a sua experiência de quase morte. E conta que primeiro foi levado para um ambiente escuro, lamacento e sem seguida chegou a um lugar bonito e tranqüilo. Um vale extenso, muito verde, cheio de flores e repleto de borboleta, diz ele. Ele conta que viu também um espírito lindo, uma mulher com uma roupa simples e com asas. Ela me disse: ‘você vai ser amado para sempre, não há nada a temer, nós vamos cuidar de você’.
Perguntamos ao doutor Alexander se ele viu Deus. Ele disse que sim: Deus estava em tudo ao meu redor, ele estava lá o tempo todo.
Um pesquisador da Universidade Federal de Juiz de Fora participa do maior estudo mundial já feito sobre as experiências de quase morte.
“Os estudos mostram que apenas 10%, uma em cada dez pessoas que tiveram uma ressuscitação bem sucedida relatam experiência de quase morte. Os pacientes que vivenciaram uma experiência de quase morte tendem a ter ao longo do tempo, por exemplo, aumento da satisfação com a vida, tendem a ter diminuição do medo da morte, maior apreciação da espiritualidade, maior apreciação da natureza”, afirma o professor de psiquiatria da Universidade de Juiz de Fora Alexander Moreira-Almeida.
A morte é uma transição, não é o fim de tudo, resume o doutor Alexander. Minha jornada serviu para me mostrar que a consciência nossa existe além do corpo, e ela é muito mais rica fora dele. Isso pode significar que a nossa alma, nosso espírito, seria eterno.
No Brasil, existem pacientes como o doutor Alexander.  Outro caso aconteceu com a mãe de Vera Tabach que passou três meses em coma. Ela voltou contando uma história incrível.
“Ela confessou que nesse período de coma ela se viu como se fosse num quarto de hospital sempre numa cama com várias pessoas em volta de branco. Ela disse que tinha feito um acordo. Que eles tinham dado mais 20 anos para ela, que ela ia conseguir criar os filhos e depois ela ia embora. E a gente acho aquilo uma história, mas realmente aconteceu”, lembra a jornalista Vera Tabach.
Dia 17 de outubro de 1974, quando ela foi para UTI. E voltou depois de um tempo. Quando passou 20 anos, em 1994, em abril, ela começou a se sentir mal. Às 05h, 18 de outubro de 1994, ela morreu.
“Ela sempre dizia que na vida só não tinha jeito pra morte. E depois que ela voltou ela disse que até para morte tinha jeito” conta Vera Tabach.
O doutor Alexander diz que por dois anos tentou achar uma explicação científica para o que aconteceu com ele e com esses outros pacientes. Queria saber se tudo podia ser uma ilusão produzida de alguma maneira pelo cérebro, conversei com colegas da área e cheguei à conclusão de que não há como que explicar. Não foi alucinação, não foi sonho.
Mas nem todos concordam. O professor de neurociências da Universidade de Columbia, Dean Mobbs, diz que é difícil acreditar num desligamento completo do cérebro. E que mesmo no caso do doutor Alexander, outras áreas do cérebro podem ter permanecido ativas, provocando as sensações que ele descreve.
O nosso cérebro é muito bom em transformar a realidade. Em um acidente, como um trauma na cabeça, os caminhos do cérebro podem ser danificados mas é possível que ele encontre outras maneiras de identificar os sinais que vêm de fora e criar uma nova experiência como a da quase morte, por exemplo.
O uso de fortes analgésicos e a baixa oxigenação do cérebro durante estados de coma podem explicar que luzes e sons estranhos sejam percebidos pela mente.
E a sensação de estar fora do corpo já foi induzida artificialmente em muitas pesquisas. Eu acho que essas experiências de quase morte na realidade são uma maneira do cérebro lidar com um trauma.
A ciência ainda não tem respostas conclusivas sobre as experiências de quase morte.
“A grande discussão que existe hoje é: a mente é um produto do cérebro, o cérebro produz a mente; ou a mente é algo além do cérebro, mas que se relaciona com o cérebro”, questiona Alexander.
Independentemente do que tem acontecido,  diz a esposa do doutor Alexander, para ela, que ficou ao lado do leito do hospital esperando o marido voltar, o final foi feliz. Quando chegamos em casa e sentamos no sofá, não acreditei que ele estava  junto comigo de novo.

Friday, 1 November 2013

Grupo de Trabalho: Daniela Pellini Danelus, Henrique Pilotto, Silvana Vanzin Pinto.

Perguntas:

Por que as pessoas morrem?
Existe vida após a morte?
Existe vida após a morte? De onde viemos e para onde iremos?

Respostas:

        A morte existe para que a vida possa ser renovada na Terra, uma vez que não há lugar para todos. As pessoas, assim como todo ser vivo, têm um ciclo de vida e a morte faz parte deste ciclo. Na versão bíblica, o homem perdeu a imortalidade por causa do pecado de Adão e Eva. A morte faz parte da renovação dos nutrientes na natureza, como o do carbono, sendo este um processo natural de todo ser vivo. Viver eternamente, sem sentido, poderia ser cansativo.
        Essa é uma pergunta de difícil resposta. Várias teorias são dadas na tentativa de estabelecer uma certa 'ética' na convivência entre as pessoas. As teorias mais defendidas são: a da vida material, morreu acabou; a da imortalidade da alma; a da reencarnação e a da ressurreição. Esta é uma pergunta que envolve questões filosóficas e religiosas, de acordo com as crenças de cada um. Existem muitas teorias biológicas, cientificas e religiosas sobre a origem do ser humano e da vida, bem como sobre seu fim.

Dúvidas Temporárias:

A incerteza sobre nossa origem e nosso destino;
Questionamentos sobre nossa missão e nosso papel nesse planeta;
Reflexões filosóficas sobre vida e morte.

Tuesday, 29 October 2013

Reflexão sobre o Projeto de Aprendizagem


Competências:

Atuar em grupo;
Usar adequadamente a informação acumulada;
Avaliar criticamente dados, situações e fenômenos;

Atitudes:

Disposição em ouvir as ideias do grupo e expressar as suas;
Cooperação com o grupo nas diferentes atividades propostas;
Cuidado com os materiais de uso pessoal e de uso comum;
Estímulo à participação dos colegas nas atividades propostas, priorizando a
inclusão de todos;
Valorização do uso de recursos tecnológicos como instrumento de aprendizagem;
Valorização das relações interpessoais no contexto escolar;
Postura favorável à aprendizagem, incluindo atenção, concentração, dedicação;

Valores:

Autonomia;
Cidadania;
Cooperação;
Ética;
Harmonia;
Honestidade;
Humildade;
Liderança;
Persistência;
Respeito;
Responsabilidade;
Solidariedade;
Tolerância;

Habilidades

Observar, identificar, comparar, diferenciar, analisar, argumentar e contextualizar
manifestações do transcendente;
Expor, defender suas ideias e comparar diferentes atitudes éticas nos grupos;


Parecer:

É perfeitamente possível a aplicação desta atividade no contexto escolar, pois a curiosidade é algo inerente ao ser humano. Além disso, a grande maioria das escolas têm a estrutura adequada para o desenvolvimento de atividades que envolvam pesquisa e a utilização de recursos tecnológicos. Bem como, foi possível verificarmos a compatibilidade desta atividade com as diretrizes dos Referenciais da Educação da Rede Municipal de Ensino de Caxias do Sul.

Mapa conceitual vida e morte


Conclusões


Diante do que lemos, discutimos e pesquisamos, concluímos que não existe uma resposta que satisfaça as pessoas de forma unânime. Para alguns simplesmente não existe vida após a morte, enquanto para outros existe vida após a morte, embora alguns defendam que vamos para o céu, outros defendem que ficamos vagando por aqui, alguns acreditam que ressuscitamos e outros acreditam que reencarnamos. Ou seja, há espaço para muitas teorias e poucas conclusões. Também fica difícil chegarmos a uma conclusão de porque morremos, se morremos porque faz parte das leis naturais, por leis espirituais, por ser a vontade de Deus, para darmos espaço aos novos habitantes ou se pelo pecado de Adão. Neste ponto também, temos muitas opiniões e poucas conclusões.
Mas o que podemos colocar é que esta atividade foi uma excelente oportunidade para que pudéssemos pesquisar e discutir mais sobre o assunto. Assunto este, que sempre foi curiosidade para nós e que pelos mais diversos motivos, nunca tivemos possibilidades de discuti-lo em grupo ou ainda com outras pessoas que também tivessem as mesmas dúvidas. Esse foi um momento rico de partilha e de tentativa de se jogar luz sobre um assunto tão polêmico e ainda tabu para algumas pessoas nos dias de hoje.

Henrique, Silvana e Daniela

Wednesday, 25 September 2013

video sobre vida após morte




http://www.youtube.com/watch?v=Qs5Ng29Ax0Q em 17/09/2013 às 17:00

Monday, 23 September 2013

Pode a consciência humana ter continuidade após o cérebro ter parado de funcionar? Veja a opinião da Ciência e da Torá
 
 

 Vida após a vida 
  
 "E formou, o Eterno D'us o homem, do pó da terra, e soprou em suas narinas o alento da vida; e foi o homem, alma viva." (Bereshit 2:7)
"E retornarás ao pó da terra como era antes; e o espírito retorna a D'us que o deu." (Cohelet 12:7)
Em 29 de junho de 2001, a agência de notícias Reuters noticiou que um cientista britânico estudando pacientes que sofreram ataques do coração afirma que está encontrando provas que sugerem que a consciência pode continuar depois que o cérebro parou de funcionar, e o paciente está clinicamente morto.
Reproduzimos aqui a reportagem completa da Reuters, e em seguida vejamos o que a Torá fala sobre este assunto.
Cientista afirma que a mente continua após a morte do cérebroUm cientista britânico estudando pacientes que sofreram enfarte afirma que está encontrando evidência de que a consciência pode continuar após o cérebro ter parado de funcionar, e o paciente ter sido declarado clinicamente morto.
A pesquisa, apresentada a cientistas na última semana no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) faz ressurgir o debate sobre se há vida após a morte e se existe aquilo que chamamos de alma humana.
"Os estudos são muito importantes, pois temos um grupo de pessoas sem função cerebral... que tem processos de pensamento lúcidos e bem estruturados, com raciocínio e formação da memória mesmo quando se demonstrou que seu cérebro não funciona," declarou Sam Parnia, um dos dois médicos do Hospital Geral de Southampton, na Inglaterra, que têm estudado as assim chamadas experiências na proximidade da morte (NDE).
"Precisamos de estudos em maior escala, mas a possibilidade certamente está lá" para sugerir que a consciência, ou a alma, continua a pensar e raciocinar mesmo se o coração da pessoa parou, não está respirando e sua atividade cerebral é nula, disse Parnia.
Ele disse ter conduzido, juntamente com colegas seus, um estudo inicial com um ano de duração, cujos resultados apareceram na edição de fevereiro do jornal Resuscitation. O estudo foi tão promissor que os médicos formaram uma fundação para avançar mais a pesquisa e continuar a coleta de dados.
Durante o estudo inicial, disse Parnia, 63 pacientes enfartados foram considerados clinicamente mortos, mas posteriormente revividos, foram entrevistados dentro de uma semana após suas experiências.
Destes, 56 disseram não se recordar do tempo em que ficaram inconscientes, e sete relataram ter lembranças. Destes, quatro foram classificados NDE por terem reportado lembranças lúcidas de pensamento, raciocínio, movimentos e comunicação com outros após os médicos determinarem que seu cérebro não estava funcionando.
Sentimentos de pazEntre outras coisas, os pacientes contaram lembrar-se de sentimentos de paz, alegria e harmonia. Para alguns, o tempo passou mais depressa, os sentidos se aguçaram e eles perderam consciência de seu corpo.
Os pacientes também relataram ter visto uma luz brilhante, entrarem em uma outra dimensão e comunicarem-se com parentes falecidos. Outro, que chamou-se de católico afastado, relatou um encontro próximo com um ser místico.
Experiências de quase morte têm sido relatadas por séculos, mas no estudo de Parnia, descobriu-se que nenhum dos pacientes recebeu baixo nível de oxigênio, o que alguns céticos acreditam que possa contribuir para o fenômeno.
Quando o cérebro é privado de oxigênio, as pessoas tornam-se totalmente confusas, agitadas, e geralmente não têm quaisquer lembranças, disse Parnia. "Aqui há uma séria lesão cerebral, mas perfeita memória."
Os céticos sugeriram também que as lembranças dos pacientes ocorreram nos momentos em que estavam perdendo a consciência, ou voltando a ela. Mas Parnia disse que quando um cérebro é traumatizado por um ataque ou acidente de carro, geralmente o paciente não se lembra dos momentos imediatamente antes ou depois de perder a consciência.
Ao contrário, geralmente há um lapso de horas ou dias. "Fale com eles, e lhe dirão mais ou menos isso: 'Só consigo me lembrar do carro e a próxima coisa que sabia foi que estava no hospital,'" disse ele.
Com um ataque cardíaco, o dano ao cérebro é tão sério que pára o cérebro por completo. Portanto, seria de se esperar uma profunda perda de memória antes e depois do incidente," acrescentou ele.
Desde a experiência inicial, Parnia e seus colegas encontraram mais de 3500 pessoas com memórias lúcidas que aparentemente ocorreram durante o tempo em que foram consideradas clinicamente mortas. Muitos desses pacientes, disse ele, estavam relutantes em compartilhar suas experiências, temendo ser chamados de loucos.
O caso da criança
Um paciente tinha 2 anos e meio quando sofreu um ataque e seu coração parou. Seus pais contataram Parnia depois que o menino "desenhou-se como estando fora do corpo, olhando para si mesmo. No desenho, havia como que um balão ligado a ele. Quando perguntaram o que era o balão, ele disse: 'Quando você morre, vê uma luz brilhante e está ligado a um cordão.' Ele ainda não contava três anos quando passou pela experiência," disse Parnia.
"Os pais perceberam que, após receber alta do hospital, seis meses depois do acidente, ele continuava desenhando a mesma cena."
Acredita-se que a função cerebral que estes pacientes têm quando inconscientes seja incapaz de manter processos de raciocínio lúcidos, ou permitir que se formem lembranças duradouras, disse Parnia - enfatizando o fato de que ninguém entende totalmente como o cérebro cria os pensamentos.
O próprio cérebro é constituído de células, como todos os outros órgãos do corpo, e não é realmente capaz de produzir o fenômeno subjetivo de pensamento que as pessoas têm, disse ele.
Ele especulou que a consciência humana possa trabalhar independentemente do cérebro, usando a matéria cinzenta como um mecanismo para manifestar os pensamentos, assim como o aparelho de TV transforma ondas no ar em quadros e sons.
"Quando o cérebro é lesionado ou perde algumas características da mente ou personalidade, isso não significa necessariamente que a mente está sendo produzida pelo cérebro. Tudo que demonstra é que o aparato está danificado," disse Parnia, acrescentando que pesquisas mais profundas poderiam revelar a existência da alma.
"Quando estas pessoas estão tendo experiências dizem que: 'Tive esta dor intensa em meu peito e de repente estava flutuando no canto de meu quarto, e estava tão feliz, tão confortável. Olhei para baixo e percebi que estava vendo meu corpo, e os médicos todos à minha volta, tentando salvar-me, e eu não queria voltar.'
"O principal é que eles estão descrevendo ver esta coisa no quarto, que é seu corpo. Ninguém jamais diz: 'Eu tive esta dor e em seguida minha alma me abandonou.'"

A visão da Torá
Vejamos agora o que dizem nossos Sábios no Talmud, Midrash e no Zôhar, obras que foram escritas aproximadamente 1800 anos atrás.
A alma pairando sobre o corpo
Muitos relataram que sua alma pairava sobre, e ao redor do corpo.
"Durante três dias após o falecimento, a alma paira por cima do corpo, pensando que irá retornar a ele." (Talmud Yerushalmi Moed Catan 3:5, Yevamot 16:3)
"Durante os sete dias a alma vai e vem entre a casa e a sepultura." (Zôhar Vaychi 218b, 226a)
Um túnel escuro
Alguns relataram que quando deixaram o corpo passaram por uma caverna escura.
"Quando a alma parte deste mundo, ela sobe pela Caverna da Machpelá [local em Hebron onde os patriarcas estão enterrados], já que lá é o portal do paraíso." (Zôhar Vayechi 219 - 250)
A luz brilhante
Muitos relataram a presença de uma luz muito forte acompanhada de uma profunda sensação de amor atraente.
"Rabi Dossa diz: está escrito (Shemot 33:20) '...pois não poderá ver-Me o homem, e viver', na vida eles não enxergam, porém na morte sim." (Midrash Bamidbar Rabá Nasso)
"A alma tem uma grande dificuldade em se separar do corpo, e o ser humano não falece até que enxergue a Luz Divida, e em razão da ânsia por esta visão, a alma sai para receber a face da divindade." (Zôhar Kedoshim cap. 8)
Encontro com familiares
Muitos relataram que amigos e familiares já falecidos vieram alegremente ao seu encontro.
"Quando um justo falece... D'us fala para eles: 'Venham justos para recepciona-lo', e eles falam para o falecido: 'Venha com paz.'" (Talmud Ketuvot 104)
"Quando um ser humano falece ele recebe permissão de enxergar, e ele vê seus colegas e parentes do Mundo Acima e os reconhece; eles estão com a mesma aparência que estavam neste mundo. E se tiver o mérito, todos se mostram felizes perante ele... e o acompanham." (Zôhar Vaychi 218b)
O Talmud (Berachot 28) relata que quando Rabi Yochanan estava falecendo disse: "Preparem uma cadeira para Chizkiyahu, rei de Yehudá, que veio me acompanhar".
Imagens nítidas da vida
Muitos relataram que os acontecimentos de sua vida, desde o dia que nasceram até o momento, passaram na sua frente, como se fosse um vídeo em tela grande.
"Quando o homem falece, todos seus atos são detalhados perante ele, e lhe falam: 'Assim fizeste no dia tal, e certamente você poderá conferir.' Ele responde: 'Certamente.'" (Sifri Haazinu)
"Reconheça o que existe acima de você: um Olho que vê, um Ouvido que escuta, e todos seus atos estão registrados em um Livro." (Ética dos Pais, 2:1)
Vista panorâmica
Muitos que voltam a viver, viram e escutaram tudo ao seu redor, inclusive os mínimos detalhes do processo de sua reanimação com precisão surpreendente.
"Tudo que é dito perante o defunto, ele sabe, até tamparem a cova." (Talmud Shabat 152b)
"Disse Rav para Rabi Shemuel bar Shilat: 'Capriche no meu elogio fúnebre, já que estarei presente lá ouvindo suas palavras." (Talmud Shabat 153a)
Conclusão: acreditamos na vida após a vida?
Não há nada após a vida, porque a vida jamais termina. Apenas vai mais e mais alto. A alma é liberada do corpo e retorna para mais perto da sua fonte, como jamais anteriormente.
A Torá assim presume várias vezes em sua linguagem - descrevendo a morte de Avraham, por exemplo, como "indo para descansar com seus pais" e frases similares. O Talmud discute as experiências de muitas pessoas que fizeram esta viagem e voltaram. Obras clássicas do judaísmo como Maavor Yaboc descrevem o processo de entrar no mundo superior da vida como um reflexo das experiências da alma dentro do corpo: se a alma ficou presa a prazeres materiais, passa pela dor de ser arrancada deles, para que possa vivenciar o prazer infinitamente mais elevado de aquecer-se na luz Divina. Se estiver impura e ferida por atos que a separaram de seu "eu" verdadeiro enquanto estava aqui embaixo, então deve ser purificada e curada.
Por outro lado, as boas ações e a sabedoria que adquiriu em sua missão na terra servem como proteção para sua jornada rumo ao alto. Você deseja uma roupa espacial realmente boa para fazer esta viagem.
O Zôhar nos diz que, se não fosse pela intercessão das almas puras lá em cima, nosso mundo não duraria nem por um momento. Cada uma de nossas vidas sofre o impacto forte da obra de nossos ancestrais no outro mundo. A vovó, portanto, continua tomando conta de você.
Por que as almas de nossos antepassados, que estão confortavelmente banhando-se na luz Divina lá em cima, deveriam se preocupar sobre o que está acontecendo com a nossa vida tão inferior e mundana aqui embaixo?
A resposta é simples. É que estando lá em cima, estas almas passaram a conhecer o que lhes foi revelado (tão fácil de ignorar enquanto estamos vivendo aqui em baixo). Na verdade, passam a entender que o mundo no qual vivemos é na realidade o centro do grande palco da vida e de todo o propósito da Criação; a razão de D'us ter criado tudo que existe.
O mundo real, onde ocorreu o início e onde ocorrerá o final, a história conclusiva, enfim, tudo será revelado aqui, quando atingirmos a época da Ressurreição dos Corpos, onde todas as almas retornarão aos seus corpos físicos neste mundo. E eles sabem disto e aguardam ansiosos.
A vida após a vida, será entendida na verdade como a continuidade da própria vida que por si só, representa o plano que D'us nos reservou... desde o principio.

http://www.chabad.org.br/biblioteca/artigos/vida_apos/home.html 23/09/2013

O que acontece quando morremos?
 Por Shlomo Yaffe e Yanki Tauber
 
Uma das crenças fundamentais do Judaísmo é que a vida não começa com o nascimento nem termina com a morte. Isso está articulado no versículo em Cohêlet (Eclesiastes): "E o pó retorna à terra como era, e o espírito retorna a D'us, que o deu."1
O Rebe enfatizava que uma lei básica da Física (conhecida como a Primeira Lei da Termodinâmica) é que nenhuma energia jamais é "perdida" ou destruída; apenas assume outra forma. Se este é o caso com a energia física, muito mais com uma entidade espiritual como a alma, cuja existência não está limitada ao tempo e espaço nem a qualquer um dos delineadores do estado físico.

Certamente, a energia espiritual que no ser humano é a fonte de visão e audição, emoção e intelecto, vontade e consciência não deixa de existir meramente porque o corpo físico deixou de funcionar; ao contrário, passa de uma forma de existência (vida física expressa e atuante via corpo) a uma forma mais elevada, exclusivamente espiritual, de existência.
Embora haja numerosas estações na jornada de uma alma, estas podem ser geralmente agrupadas em quatro fases gerais:

  • Experimentamos a verdadeira importância e efeito de nossas ações. Aumentar o volume daquela TV que mostra a orquestra sinfônica pode ser agradável ou intensamente doloroso, dependendo de como tocamos a música de nossa vida.

    a existência totalmente espiritual da alma antes de entrar no corpo
  • a vida física
  • a vida pós-física no Gan Eden
  • Mundo Vindouro (Olam Habá), que se segue à Ressurreição dos Mortos.
O que são estas quatro fases e por que são todas necessárias?

Ver ou não ver:
o Paradoxo do Livre Arbítrio


Como é discutido amplamente no ensinamento chassídico,2 o supremo propósito da alma é cumprido durante o tempo que passa neste mundo físico, tornando este mundo "uma morada para D'us", encontrando e expressando a Divindade na vida cotidiana pelo cumprimento das mitsvot.

Porém, para que nossas ações neste mundo tenham um verdadeiro significado, devem ser produto de nosso livre arbítrio. Se quisermos experimentar o poder e a beleza da Divina presença que trazemos ao mundo com nossas mitsvot, devemos sempre escolher o que é certo e assim perder nossa autonomia. O óbvio se torna robótico. Nossos feitos não seriam nossos, assim como não é "um feito" fazermos três refeições ao dia ou evitar pular dentro de uma fogueira.

Portanto, este estágio crucial de nossa existência é vivido sob as condições de um blecaute espiritual quase completo: num mundo em que a realidade Divina está oculta, no qual nosso propósito na vida não é óbvio; um mundo no qual "todos os seus assuntos são severos e o mal e os perversos prevalecem".3

Por outro lado, no entanto, como seria possível descobrir a bondade e a verdade sob estas condições? Se a alma é atirada num mundo tão sem D'us e cortada de todo o conhecimento do Divino, de que maneira ela poderia descobrir o caminho da verdade?

É por isso que a alma existe num estado puramente espiritual antes de descer a este mundo. Em sua existência pré-física, a alma está fortalecida com a Divina sabedoria, conhecimento e visão que a habilitará para a sua luta para transcender e transformar a realidade física.

Nas palavras do Talmud: "O feto no útero da mãe aprende toda a Torá… Quando chega a hora de emergir na atmosfera deste mundo, vem um anjo e lhe dá um tapinha na boca, fazendo-o esquecer tudo."4

Uma pergunta óbvia: Se somos ordenados a esquecer tudo, então por que nos ensinar? Mas aqui está todo o paradoxo do conhecimento e opção: não podemos ver a verdade, nem sequer podemos conhecê-la abertamente, mas ao mesmo tempo nós a conhecemos, dentro de nós. Bem lá no fundo podemos preferir ignorá-la, mas também lá no fundo, onde quer que estejamos e o que quer que nos tornemos, sempre podemos escolher desenterrá-la. Isto, em última análise, é opção; nossa escolha entre perseguir o conhecimento implantado em nossa alma ou suprimi-lo.

A exclusividade mútua da conquista e recompensa
Assim está montado o cenário para a Fase II: os testes, sofrimentos e tribulações da vida física. As características do físico – o fato de ser finito, opaco, preocupado consigo mesmo, sua tendência a ocultar o que está por trás dele – formam um pesado véu que obscurece praticamente todo o conhecimento e lembrança de nossa fonte Divina. E mesmo assim, lá no fundo sabemos diferenciar o certo do errado. De alguma forma, sabemos que a vida é significativa, que estamos aqui para cumprir o propósito Divino; de alguma forma, quando confrontados com uma opção entre uma ação Divina e uma não-Divina, sabemos a diferença. O conhecimento é tênue – uma lembrança nublada, subconsciente, de um estado espiritual anterior. Podemos silenciá-lo ou amplificá-lo – a opção é nossa.

Recitar o Kadish e fazer outras boas ações "pelo mérito de" e "para elevação da alma" que se foi significa que a alma, na verdade, está continuando a atuar positivamente sobre o mundo físico, dessa maneira acrescentando à bondade da sua vida física

Tudo que é físico é, por definição, finito; de fato, é isso que o torna uma ocultação da infinitude do Divino. Intrínseco na vida física está o fato de que é finita: ela termina. Uma vez que tenha terminado – e nossa alma está livre da sua incorporação física – não podemos mais realizar e cumprir. Mas agora, finalmente, podemos contemplar e extrair satisfação daquilo que realizamos.

As duas são mutuamente exclusivas; a realização impede a satisfação, a satisfação impede a realização. A realização somente pode ocorrer na cegueira espiritual do mundo físico; a satisfação somente pode ocorrer no ambiente sem escolha da realidade espiritual.
O Talmud cita o versículo: "Cumprirás esta mitsvá, os decretos e as leis que Eu te ordeno hoje cumprir."5 "Cumpri-los hoje" – explica o Talmud – "mas não fazê-los amanhã. Fazê-los hoje, e amanhã receber a recompensa."6 A Ética dos Pais explica dessa maneira: "Um único momento de arrependimento e boas ações nesse mundo é maior que tudo no Mundo Vindouro. E um único momento de felicidade no Mundo Vindouro vale mais que tudo neste mundo."7

É como se passássemos cem anos assistindo a uma orquestra tocar uma sinfonia na televisão – com o som desligado. Observamos os movimentos da mão do maestro e os músicos. Às vezes perguntamos: por que as pessoas na tela estão fazendo estranhos movimentos sem nenhum objetivo? Às vezes entendemos que uma grande sinfonia estava sendo tocada, mas não ouvimos uma única nota. Após cem anos assistindo em silêncio, assistimos de novo – desta vez com o som ligado.

A orquestra somos nós mesmos, e a música – bem ou mal interpretada – são os atos de nossa vida.

O que é céu e inferno?

Céu e inferno é onde a alma recebe sua punição e recompensa depois da morte. Sim, o Judaísmo acredita, e fontes judaicas tradicionais discutem extensivamente a punição e recompensa após a vida (na verdade, este é um dos "Treze Princípios" do Judaísmo enumerados por Maimônides). Porém são um "céu" e "inferno" diferentes daqueles descritos nos textos cristãos medievais ou nos cartoons dos jornais. O céu não é um lugar de halos e harpas, nem o inferno está povoado por aquelas criaturas vermelhas com tridentes. Após a morte, a alma retorna à sua fonte Divina, juntamente com toda a Divindade que "extraiu" do mundo físico usando-o para fins significativos. A alma agora revive suas experiências em um outro plano, e experimenta o bem que realizou durante seu tempo de vida física como felicidade e prazer incríveis, e o negativo como incrivelmente doloroso.

O prazer e a dor não são recompensa e punição no sentido convencional – no sentido que podemos punir um criminoso enviando-o para a prisão ou recompensando um funcionário dedicado com um aumento. É aquilo que passamos em nossa própria vida em sua realidade – uma realidade da qual estivemos abrigados durante nossa vida física. Experimentamos a verdadeira importância e efeito de nossas ações. Aumentar o volume daquela TV que mostra a orquestra sinfônica pode ser agradável ou intensamente doloroso,8 dependendo de como tocamos a música de nossa vida.

Quando a alma deixa o corpo, fica perante a Corte Celestial para fazer uma "avaliação e prestar contas" de sua vida terrena.9 Porém a Corte Celestial faz apenas a "contabilidade"; a parte da "avaliação" somente a própria alma pode fazer.10 Somente a alma pode julgar a si mesma – pode sentir e conhecer a verdadeira extensão daquilo que realizou, ou negligenciou em realizar no decorrer de sua vida física. Libertada das limitações e ocultação do seu estado físico, pode agora ver a Divindade; pode olhar sua própria vida em retrospecto e ver como foi realmente. A vivência da Divindade por parte da alma é trazida ao mundo com suas mitsvot e ações positivas no requintado prazer do Gan Eden; sua experiência da destruição forjada pelos seus lapsos e transgressões é a dor insuportável do Guehinon (Purgatório).

A verdade dói. A verdade também purifica e cura. A dor espiritual do Guehinon – o sofrimento da alma ao enfrentar a verdade da sua vida – purifica e cura a alma das manchas e falhas que seus erros provocaram nela. Livre desta camada de negatividade, a alma agora está apta a apreciar realmente o imenso bem que sua vida engendrou e "banhar-se na radiância Divina" emitida pela Divindade que trouxe ao mundo.

Sim, uma alma Divina espalha muito mais bem que mal durante sua vida. O âmago da alma é feito de bondade; o bem que realizamos é infinito, o mal apenas superficial. Portanto, até a mais perversa das almas, dizem nossos Sábios, passa, no máximo, doze meses no Guehinon, seguidos por uma eternidade no céu. Além disso, a passagem da alma pelo Guehinon pode ser mitigada pela ação de seus filhos e entes queridos aqui na terra. Recitar o Kadish e fazer outras boas ações "pelo mérito de" e "para elevação da alma" que se foi significa que a alma, na verdade, está continuando a atuar positivamente sobre o mundo físico, dessa maneira acrescentando à bondade da sua vida física.11

A alma, por sua vez, permanece envolvida na vida daqueles que deixou para trás quando partiu da vida física. A alma da mãe ou pai continua a vigiar a vida dos seus filhos e netos, para sentir orgulho (ou sofrer) com seus atos e realizações, e para interceder por eles perante o Trono Celestial; o mesmo se aplica àqueles com quem a alma estava conectada com laços de amor, amizade e comunidade. Na verdade, como a alma não está mais restrita pelas limitações do estado físico, seu relacionamento com os entes queridos é, de muitas maneiras, ainda mais profundo e significativo que antes.

No entanto, embora a alma esteja consciente de tudo que transpira na vida dos seus entes queridos, as almas que permanecem no mundo físico estão limitadas àquilo que podem perceber através dos cinco sentidos do corpo físico. Somente podemos causar impacto na alma de um ente querido que se foi por meio de nossas ações positivas, mas não podemos nos comunicar com ela por meios convencionais (fala, visão, contato físico, etc.) que, antes do seu passamento, definia a maneira de nos relacionarmos uns com os outros. (De fato, a Torá proíbe expressamente as práticas idólatras da necromancia, mediunidade e tentativas similares de "fazer contato" com o mundo dos mortos.) Por isso a ocorrência da morte, embora signifique uma elevação para a alma de quem parte, é sentida como uma trágica perda para aqueles que aqui ficam.

Reencarnação:
Uma segunda chance


Cada alma individual é enviada ao mundo físico com sua própria missão individualizada para cumprir. Como judeus, todos temos a mesma Torá com as mesmas 613 mitsvot, mas cada um de nós tem seu próprio conjunto de desafios, talentos e capacidades, e mitsvot específicas que formam o cerne de sua missão na vida.

Às vezes, a alma talvez não conclua sua missão numa única vida. Nestes casos, retorna à terra para "uma segunda vinda" para completar o trabalho. Este é o conceito de guilgul neshamot – comumente chamado de "reencarnação" – extensivamente discutido nos ensinamentos da Cabalá.12 É por isso que com muita freqüência nos sentimos atraídos a uma mistvá ou causa específica, e fazemos dela o foco de nossa vida, dedicando a isso uma parte aparentemente desproporcional de nosso tempo e energia: é nossa alma gravitando ao redor das "peças que faltam" de seu propósito Divinamente ordenado. 13

O Mundo Vindouro

Assim como a alma individual passa através de três estágios – preparação para a sua missão, a missão em si e a fase subseqüente de satisfação pela recompensa – assim, também, o faz a Criação como um todo. Uma cadeia de "mundos" espirituais precede a realidade física, para servi-la como uma fonte de vitalidade Divina. Então vem a era do Olam HaZê (Este Mundo), no qual o Divino propósito da Criação é desempenhado. Finalmente, quando a humanidade como um todo completou sua missão de tornar o mundo físico "uma morada para D'us", vem a era da recompensa universal – O Mundo Vindouro (Olam Habá).

Há uma grande diferença entre o "mundo da recompensa" de uma alma individual no Gan Eden e a recompensa universal no Mundo Vindouro. O Gan Eden é um mundo espiritual, habitado por almas sem corpos físicos; o Mundo Vindouro é um mundo físico, habitado por almas com corpos físicos14 (embora a própria natureza do físico terá de passar por uma transformação fundamental, como se vê abaixo).

No Mundo Vindouro, a realidade física "abrigará" perfeitamente e refletirá a Divina realidade que irá transcender a limitação e a temporalidade que a define hoje. Assim, embora no mundo imperfeito de hoje a alma possa apenas experimentar a "recompensa" depois de partir do corpo e da vida física, no Mundo Vindouro, a alma e o corpo estarão reunidos e juntos apreciarão os frutos de seu trabalho. Assim os profetas de Israel falaram sobre um tempo quando todos que morreram serão restaurados à vida; seus corpos serão regenerados15 e suas almas restauradas aos corpos. "A morte será erradicada para sempre"16 e o mundo estará repleto com o conhecimento de D'us como a água cobre o leito do mar.17

Isso, obviamente, sinalizará o fim da "Era da realização".18 O véu da fisicalidade, rarificado até a completa transparência, não ocultará mais a verdade de D'us, mas sim a expressará e a revelará de maneira ainda mais profunda que a realidade espiritual mais elevada.

A Bondade e a Divindade deixarão de ser algo que fazemos e atingimos, pois será aquilo que somos. Porém nossa experiência de bondade será absoluta. Ambos, corpo e alma, reunidos como estavam antes de serem separados pela morte, habitarão todo o bem que realizamos com nossas ações livremente escolhidas nos desafios e ocultações da vida física.

Notas:
1 – Cohêlet 12:7
2 - Veja: Body: O Mundo Feisico Segundo Rabi Shneur Zalman de Liadi.
3 – Tanya, cap. 6
4 – Talmud. Nidá 30b.
5 – Devarim 7:11.
6 – Talmud, Eruvin 22a.
7 – Ética dos Pais 4:17.
8 – Assim os Sábios falaram sobre um "Gehenna de Fogo" no qual sentimos o "calor" totalmente destrutivo de nossos desejos ilícitos, raiva e ódios; e um "Gehenna de Neve", no qual estamos expostos ao "frio" de nossos momentos de indiferença a D'us e aos nossos semelhantes.
9 – Ética dos Pais 3:1; et al.
10 – Rabi Israel Báal Shem Tov.
11 – É por isso que se dá tanta ênfase à recitação do Kadish e outras ações para elevação da alma de um falecido durante o primeiro ano após sua morte.
12 – De fato, os cabalistas dizem que estes dias – após 6.000 anos de história humana – uma alma "nova" é uma raridade; a esmagadora maioria de nós é de almas reencarnadas, que voltaram à terra para preencher as lacunas de uma vida anterior.
13 – Para ler mais sobre o assunto, veja nossos artigos sobre Reencarnação.
14 – Este é na verdade tema de debate entre dois grandes pensadores judeus e autoridades de Torá, Maimônides e Nachmânides; os ensinamentos da Cabalá e Chassidismo seguem a abordagem de Nachmânides, que vê a suprema recompensa como ocorrendo num mundo de almas incorporadas. Para ler mais sobre isso, veja A Ressurreição dos Mortos.
15 – É interessante saber que muito antes da descoberta da genética e do DNA, o Talmud fala sobre um osso minúsculo e indestrutível do corpo chamado luz, a partir do qual todo o corpo será reconstruído após ter retornado ao pó.
16 – Yeshayáhu 25:8.
17 – Yeshayáhu 11:9.
18 – O Talmud chega a citar o versículo (Cohêlet 12:1): "Haverá anos sobre os quais você dirá: Não tenho desejo neles", e declara" "Isso se refere aos dias da Era Messiânica, na qual não há mérito nem obrigação" (Talmud, Shabat 151b).
http://www.chabad.org.br/biblioteca/artigos/acontece/home.html 23/09/2013

Significado da Morte
  
 “E os vivos o levarão no coração.” – Cohêlet, 7:2
“A alma nunca morre.” – O Rebe

Em 1950, após o falecimento de seu sogro e predecessor, o Rebe enfatizou que era importante não elogiar o falecido, mas deixar que suas boas ações falassem por ele. Citando uma carta que seu sogro escrevera em 1920, após o falecimento de seu próprio pai, o Rebe explicou que um verdadeiro líder é como um pastor que jamais abandona o seu rebanho, deixando atrás de si uma filosofia e um curso de ação definido. De fato, ele explicou, “ele está ainda mais presente que durante a sua vida, pois sua alma está livre das restrições físicas do tempo e espaço.”

O Que a Morte Realmente Significa?

Morte: 
A própria palavra desperta o medo no coração das pessoas. Elas consideram a morte tão incompreensível quanto inevitável. Mal conseguem falar a respeito, perscrutar além da palavra em si e se permitir contemplar suas verdadeiras implicações. Esta é uma reação compreensível, pelo fato de que tantas pessoas pensam sobre a vida como nada mais que um estado no qual o corpo humano está biologicamente ativo. Mas é hora de nos perguntarmos: o que acontece após a morte, se é que acontece? O que a morte realmente significa? Como aqueles que sobrevivem aos entes queridos devem reagir?

O mistério da morte é parte do enigma da alma e da vida em si: entender a morte significa realmente entender a vida. Durante a vida como a conhecemos, o corpo é vitalizado pela alma; na morte, ocorre uma separação entre o corpo e a alma. Porém a alma continua a viver como sempre fez, agora livre das restrições físicas do corpo. E como o verdadeiro caráter da pessoa – sua bondade, virtude e altruísmo – estão na alma, é lógico presumir que ele ascenderá a um estado mais elevado após cumprir suas responsabilidades na terra.

A Física moderna nos ensinou que nenhuma substância realmente desaparece, apenas muda de forma. Um árvore, por exemplo, pode ser cortada para se fazer uma casa, uma mesa ou uma cadeira. Independentemente da forma que tomar, a madeira permanece sendo madeira. E quando aquela mesma madeira é queimada numa fornalha, mais uma vez muda de forma, tornando-se uma energia que libera calor e gás. A árvore, a cadeira e o fogo são apenas formas diferentes da mesma substância.

Se este é o caso com uma substância material, é ainda mais com uma substância espiritual. A vitalidade espiritual no homem, a alma, nunca desaparece; com a morte, ela simplesmente muda de uma forma para outra, mais elevada. Isso pode ser difícil de entender a princípio, pois somos dependentes em usar nossas ferramentas sensoriais para vivermos. Com madeira, por exemplo, é mais fácil segurar uma cadeira em nossas mãos que segurar o fogo; e mesmo assim, qualquer pessoa que já tenha visto ou sentido o fogo pode duvidar que ele existe.

Não importa quais as doenças físicas que possam recair sobre a pessoa, são apenas isso: doenças físicas. Nada do que acontece com a carne e o sangue diminui de alguma maneira o poder da alma, que é puramente espiritual. É inadequado, portanto, usar o termo “após a vida” para definir o que acontece após a morte. “Após a vida” implica que entramos em outro local, separado, ao passo que a morte é na verdade uma continuação da vida como a conhecemos, apenas numa nova forma, mais elevada.

O capítulo em Bereshit que discute a morte de Sarah, por exemplo, ee chamado “A Vida de Sarah”. O capítulo que discorre sobre a vida de Yaacov é chamado “E Yaacov viveu”. Como parece estranho agora chamar a morte de “Vida”!

Portanto, antes que possamos realmente responder a pergunta “O que é a morte?” devemos primeiro perguntar: “O que é a vida?” Por definição médica, a vida ocorre quando o cérebro e o coração da pessoa estão em funcionamento. Porém uma pessoa pode estar biologicamente viva mas não estar vida; respirar, caminhar e falar são apenas as manifestações daquilo que chamamos vida. A verdadeira fonte da vida, a energia que permite ao corpo funcionar, é a alma. E a alma, como está conectada com D’us, o Doador da vida, é imortal. Embora as manifestações de vida possam cessar com a morte, a alma continua a viver, somente numa forma diferente. Como um ser humano pode estar conectado à vida eterna? Ao viver uma vida material que funde o corpo e a alma, portanto conectando-se a D’us. Uma pessoa que transforma seu corpo num veículo para amor e generosidade é uma pessoa que nutre a sua alma eterna.

É ao dar vida aos outros que a pessoa se torna realmente viva.

Para uma pessoa para quem a vida consiste de ganhos materiais, a morte de fato representa o fim. É a hora em que as realizações fugidias cessam. Porém, para uma pessoa para quem a vida consiste de ganhos espirituais, a vida jamais termina. A alma é alimentada pela inexaurível energia das boas ações que a pessoa realizou na terra, e segue vivendo materialmente através de seus filhos e de outros que perpetuam sua vitalidade espiritual. Como dizem os Sábios: “Assim como os seus descendentes estão vivos, ele, também, está vivo.”

Muitas vezes temos dificuldade para distinguir entre vida biológica e vida espiritual, ou verdadeira vida. Somos distraídos pelas muitas armadilhas materiais da vida biológica. Uma vez que a alma tenha deixado o corpo, podemos ver claramente como ela continua a viver, como aquela alma inspira as pessoas a fazerem boas ações, educar e ajudar o próximo, a viver uma vida espiritual e Divina. É quando um justo parte fisicamente da terra que ele ou ela começa a exercer a mais profunda influência.

Um rabino idoso e respeitado, quando estava muito próximo da morte, pediu para ser levado ao salão onde pronunciava seus discursos. “Logo estarei indo para o céu” – disse ele aos seguidores – “mas estou deixando todos os meus escritos, e com eles, meu espírito.”

Quando seu neto ouviu estas palavras, começou a chorar. O avô, enfraquecido pela doença, voltou-se para ele e disse: “Emoções? Emoções? Não. Intelecto, intelecto.”

A partir daquele momento, o rapaz pensou apenas sobre a vida da alma do avô, não na morte do seu corpo.

O que a morte significa para os que ficam?

Embora a morte represente a elevação da alma para um nível mais alto, mesmo assim continua sendo uma experiência dolorosa para os sobreviventes. Ao mesmo tempo, deve servir – como devem todas as experiências na vida – como uma lição. Devemos ver a morte não como uma força negativa, mas como uma oportunidade de crescimento.

Como a morte provoca emoções tão fortes, devemos ter uma canal livre através do qual as expressamos, para que a dor cicatrize de maneira construtiva. Quando morre um ente querido, surgem duas emoções fortes e conflitantes: a tristeza pela perda e confusão sobre o futuro. Os Sábios nos ensinam que seria bárbaro não prantear, mas que não devemos prantear por mais tempo que o necessário. Uma semana de luto é suficiente; de outra forma, a morte da pessoa se torna uma presença em si, continuamente nos entristecendo e impedindo nosso progresso na vida.

Mas por que devemos refrear nosso sofrimento e tristeza naturais pela morte de um ente querido? A dor é um sentimento, afinal, e os sentimentos não podem ser controlados, podem? Não é errado estabelecer limites em nossa dor, ou tentar canalizá-la para uma determinada direção?

Sim, sentimentos são sentimentos, mas podemos escolher se vamos senti-los de maneira produtiva ou destrutiva. A chave neste caso é entender a morte pelo que ela é, celebrar seu elemento positivo: um enlutado deve perceber que a alma de seu ente querido agora chegou a um local ainda mais elevado do que aquele que ocupava na terra, e que continuará a se elevar.

É este ato de reconciliar esta percepção positiva contra nossa dor que pode transformar a morte de uma experiência traumática numa catarse.

Diminuir nossa expressão de dor é inadequado e doentio, mas permitir que nosso sofrimento nos domine é esquecer de maneira egoísta o verdadeiro significado da morte – o fato de que a alma de um justo encontrou um lar ainda mais justo.

Como o forte vínculo entre uma mãe e filha ou entre marido e mulher é espiritual, permanece forte depois da morte.

O luto também nos ajuda a reter este vínculo, pois a alma de uma pessoa que partiu, eterna e intacta, vigia as pessoas com as quais era próxima. Todo ato de bondade lhe dá grande prazer e satisfação, especialmente quando estas ações são feitas na maneira que ela ensinou, seja por instrução ou exemplo.

A alma está plenamente cônscia daquilo que está acontecendo aos amigos e parentes que ela deixou para trás. A alma fica triste quando eles passam por sofrimento ou depressão indevidos, e se alegra quando eles seguem em frente, além do sofrimento inicial e continuam a construir suas vidas e a inspirar aqueles que os rodeiam.

Não há maneira de substituir um ente querido que se foi, pois cada pessoa é um mundo completo. Porém há uma maneira de ajudar a preencher o vazio. Quando a família e os amigos suplementam seus costumeiros atos de bondade com ainda mais atos de bondade em nome do falecido, eles continuam s obra de sua alma. Ao realizar estas ações em memória de um ente querido, podemos construir realmente um memorial vivo.

Porém depois que tudo foi feito e dito, a morte pode ser uma experiência incompreensível, devastadora, para aqueles que são deixados para trás. Apesar de todas as racionalizações, todas as explicações, o coração ainda chora. E deveria chorar.

Quando um amigo ou parente está lamentando por um ente querido, não tente explicar: apenas esteja ali com ele. Procure consolá-lo, e chore com ele. Não há nada que você possa realmente dizer, pois não importa o quanto tentemos, devemos aceitar que muitas vezes não entendemos os caminhos misteriosos de D’us.

Peça a D’us para que chegue finalmente o dia em que não haverá mais a morte, quando “a morte será engolida para sempre e D’us enxugará as lágrimas de todas as faces” (Yeshayáhu 25:8).


http://www.chabad.org.br/ciclodavida/Falecimento_luto/artigos/significado.html 23/09/2013

Tuesday, 17 September 2013

Palestra - Mario Sergio Cortella - Você sabe com quem está falando? - Le...

Você sabe com quem está falando? 17/09/2013
Grupo de Trabalho: Daniela Pellini Danelus, Henrique Pilotto, Silvana Vanzin Pinto.

Perguntas:

Por que as pessoas morrem?
Existe vida após a morte?
Existe vida após a morte? De onde viemos e para onde iremos?

Respostas:

A morte existe para que a vida possa ser renovada na Terra, uma vez que não há lugar para todos. As pessoas, assim como todo ser vivo, têm um ciclo de vida e a morte faz parte deste ciclo. Na versão bíblica, o homem perdeu a imortalidade por causa do pecado de Adão e Eva. A morte faz parte da renovação dos nutrientes na natureza, como o do carbono, sendo este um processo natural de todo ser vivo. Viver eternamente, sem sentido, poderia ser cansativo.

Essa é uma pergunta de difícil resposta. Várias teorias são dadas na tentativa de estabelecer uma certa 'ética' na convivência entre as pessoas. As teorias mais defendidas são: a da vida material, morreu acabou; a da imortalidade da alma; a da reencarnação e a da ressurreição. Esta é uma pergunta que envolve questões filosóficas e religiosas, de acordo com as crenças de cada um. Existem muitas teorias biológicas, cientificas e religiosas sobre a origem do ser humano e da vida, bem como sobre seu fim.

Dúvidas Temporárias:

A incerteza sobre nossa origem e nosso destino;
Questionamentos sobre nossa missão e nosso papel nesse planeta;
Reflexões filosóficas sobre vida e morte.

Pergunta reformulada:

Por que morremos e o que existe após a morte?

http://ead.caxias.rs.gov.br/mod/forum/view.php?id=3438 17/09/2013

Megacurioso

5 coisas que acontecem quando morremos

Por Caroline Hecke em 06/03/2013

Fonte da imagem: Reprodução/Gonzocarles 5 coisas que acontecem quando morremos
Até hoje ninguém conseguiu provar o que acontece após a morte: existe realmente alguma continuação para a alma ou nossa existência se resume ao planeta Terra? Provavelmente, essa é uma certeza que só teremos depois de morrermos, mas podemos, ao menos, saber o que acontecerá com nossos corpos assim que o coração parar de bater.

 

Suas células se abrem

O processo de decomposição do corpo começa alguns minutos depois da morte. Quando o coração para, nós experimentamos o algor mortis ou o frio da morte, quando a temperatura do corpo esfria em uma média de 1,5 ºC por hora, até atingir a temperatura ambiente. Quase imediatamente, o sangue se torna mais ácido com o acumulo do dióxido de carbono. Isso é o que faz com que as células comecem a se dividir, esvaziando as enzimas dos tecidos.

 

Você fica branco – e roxo

A gravidade deixa as primeiras marcas instantes depois da morte. Enquanto o corpo todo fica pálido, células vermelhas do sangue passam para as partes do corpo que estão mais próximas do solo, já que a circulação foi interrompida.
O resultado disso são manchas roxas nas partes mais baixas, algo que é conhecido como livor mortis. Juntamente com a temperatura do corpo, essas marcas ajudam os legistas a identificar o tempo e a posição do corpo no momento da morte.

 

O cálcio endurece seus músculos

Você já deve ter ouvido falar que um corpo morto se torna duro e difícil de se mover. O nome disso também vem do latim: o rigor mortis aparece cerca de três horas depois da morte, atinge seu pico 12 horas depois e se dissipa depois de 48 horas.
Isso acontece pois existem bombas nas membranas das células musculares que regulam o cálcio no corpo. Quando as bombas param de funcionar, inundações de cálcio fazem com que os músculos se contraiam e endureçam.

 

Seus órgãos vão se digerir

Depois do rigor mortis, vem a putrefação dos órgãos. Essa fase geralmente é retardada pelo embalsamamento, mas é algo de que não se pode fugir. As enzimas do pâncreas fazem com que o órgão comece a se digerir.
Micróbios vão se juntar a essas enzimas, deixando o corpo todo verde a partir do ventre. Segundo Caroline Williams, da NewScientist, "os principais beneficiários são as 100 trilhões de bactérias que passaram suas vidas vivendo em harmonia conosco em nossas entranhas." Conforme as bactérias vão tomando conta do corpo, ele libera putrescina e cadaverina, que são os compostos responsáveis pelo mau cheiro do corpo humano após a morte.

 

Você pode ficar coberto de cera

Depois da putrefação, o processo para transformar o corpo em esqueleto é geralmente rápida. No entanto, alguns órgãos tomam um rumo no mínimo interessante. Se o corpo entrar em contato com o solo ou a água fria, ele pode desenvolver adipocera, um material ceroso formado por alterações químicas que ocorrem com a destruição de tecidos pelas bactérias.
A adipocera funciona como um tipo de conservante natural dos órgãos internos. Em alguns casos, isso pode confundir investigadores sobre o tempo de morte real. Em um caso recente, um corpo coberto de adipocera foi encontrado em uma baía na Suíça. O cadáver, com cerca de 300 anos, ainda trazia a substância em volta do tronco.
O certo é que todos morreremos um dia. Se você for cremado, uma parte dessas etapas será perdida, mas o fato é que de alguma forma “terminaremos”, seja como pó, esqueleto ou um esqueleto de cera.

http://www.megacurioso.com.br/ciencia/35806-5-coisas-que-acontecem-quando-morremos.htm 17/09/2013

Por que existe vida após a morte?

Vida após a vida
A vida após a morte é fundamental na crença judaica. A criação do homem atesta a vida eterna da alma.

A Torá diz: "E o Todo Poderoso formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas a alma da vida". Neste versículo, o Zôhar declara que "aquele que sopra, sopra de dentro de si mesmo," indicando que a alma é na verdade parte da essência de D'us. Como Sua essência é completamente espiritual, e não-física, é impossível que a alma possa morrer. Esta é a idéia que o Rei Salomão queria transmitir quando escreveu: "O pó retornará ao solo como antes, e o espírito retornará a D'us que o concedeu." (Cohêlet 12:17).

Na morte, a alma e o corpo, que formavam uma entidade, se separam. O corpo é enterrado e volta à matéria perdendo toda sua conexão com a Vitalidade. Já a alma é eterna, e se transfere deste mundo para o próximo, um mundo totalmente espiritual. Essa transferência se dá por etapas: enquanto o corpo passa por um processo lento de decomposição essencial para a separação gradual entre corpo e alma, a alma judaica passa por vários estágios se desligando gradualmente deste mundo: primeiro a morte, depois o enterro, 3 dias após a morte, uma semana após a morte, 30 dias após a morte, 3 meses após a morte, 11 meses após a morte, e finalmente um ano após a morte.


A idéia do judaísmo sobre a vida após a morte é bem diferente das tradições ocidentais.

Obviamente existe um lugar onde as pessoas boas recebem uma recompensa e os maus são punidos. (veja Maimônides, 13 Princípios da Fé).

A alma precisa passar por uma série de purificações para poder entrar no Gan Éden (conhecido como paraíso). Muitos chamam esta fase de inferno ou purgatório, mas o judaísmo acredita que o inferno não é uma punição, mas um sofrimento espiritual, um processo de refinamento pelo qual a alma precisa passar para se purificar dos pecados cometidos e elevar-se nos diferentes reinos espirituais. Só então a alma vai para o Gan Éden, onde estuda os segredos mais profundos da Torá e é envolvida pela presença Divina.

Para qualquer pessoa que acredita em um D'us justo e amoroso, a existência de uma sobrevida faz sentido lógico. É possível que este mundo seja apenas um parque de diversões sem maiores conseqüências?

Há uma conexão direta, e o "filme da vida", não tem pré-estréia nem "bis", roda uma vez e pronto! Sem mesa de edição. Os bons atos de sabedoria que a alma ganhou em sua missão aqui em baixo servem como uma proteção, uma roupa espacial para sua jornada nos altos. Qualquer um deseja para si uma que lhe sirva a contento, realmente confortável e útil ao empreender esta viagem.

Quando a pessoa morre e vai para o céu, o julgamento não é arbitrário e imposto externamente.
Ao contrário, a alma assiste à dois filmes: o primeiro é chamado "Esta é a sua vida!" Cada decisão e cada pensamento, todas as boas ações, e todas as coisas constrangedoras que a pessoa fez em particular são passados sem nenhum embelezamento. É a verdade nua e crua para todos assistirem. Eis porque o próximo mundo é chamado Olam HaEmet – "O Mundo da Verdade," porque lá reconhecemos claramente nossa força pessoal e nossas falhas, e o verdadeiro propósito da vida. Para resumir, o inferno não é o diabo atiçando as chamas com um tridente.

O segundo filme mostra como a vida da pessoa "poderia ter sido…" se as escolhas certas tivessem sido feitas, se as oportunidades tivessem sido aproveitadas, se o potencial fosse utilizado. Este vídeo – a dor do potencial desperdiçado – é muito mais difícil de suportar. Mas ao mesmo tempo, também purifica a alma. O sofrimento provoca o arrependimento, que remove as barreiras e possibilita à alma conectar-se completamente com D'us.


Quando a alma deixa o corpo, continua a ter outras experiências.

Quando a alma deixa o corpo, continua a ter outras experiências. Uma parte disso talvez seja receber as recompensas pela sua obra neste mundo: apreciar a Divindade, ver os frutos de seu trabalho nesta vida, passear pelo "paraíso", acompanhar o crescimento de seus filhos e passos de seus amigs e familiares, sentar e respirar o ar rodeado de um infinito azul longe das "tempestades" … mas qualquer que seja o cenário nas Alturas, o corpo voltará à vida após todos os fatos previstos que ocorrerão na era de Mashiach, quando então virá a Ressurreição dos Mortos.

Mas enquanto isto ainda não ocorre, há uma vantagem para a existência sem um corpo, também. O corpo está muito ligado a assuntos deste mundo e pode limitar nossa avaliação das coisas espirituais. A alma, por si só, é mais sensível à Divindade. O céu é onde a alma vive os maiores prazeres possíveis – o sentimento de proximidade a D'us. É claro que nem todas as almas a experimentam no mesmo grau. É como ir a um concerto sinfônico. Alguns ingressos são para as cadeiras centrais na frente, outros ficam atrás, nas arquibancadas. A localização de seu assento está diretamente conectada ao mérito de suas boas ações – como por exemplo fazer caridade ou cuidar e amar ao próximo, ou rezar com intenção e sinceridade, entre tantas outras.

Outro fator que deve ser considerado no céu é que uma pessoa pode ter ótimos assentos, mas pode não saber apreciar o que está acontecendo. Se a pessoa passa toda a vida elevando a alma e tornando-se sensível às realidades espirituais (através do estudo de Torá), então isso constituirá um prazer inimaginável no céu. Por outro lado, se a vida se resumiu a pizza e futebol, bem, isso pode ser bem entediante para a eternidade.

Quando uma pessoa é capaz de amar e estender-se até outro ser humano, então esta pessoa experimentou o céu nesta terra.

A existência de uma vida após a vida não é declarada explicitamente na própria Torá, porque como seres humanos temos de nos concentrar em nossa missão neste mundo, agir sem pensar na recompensa, embora a consciência dela possa se constituir em uma motivação eficaz.

Chegamos à conclusão que na verdade não há nada após a vida, porque a vida nunca termina.

É como um ciclo constante, onde a alma desprende-se do corpo e enquanto este decompõem-se lentamente neste processo, ela eleva-se gradualmente às alturas até ficar cada vez mais próxima de sua verdadeira fonte. Talvez sua jornada tenha acabado, talvez mais uma vez mais ela será convocada a descer e habitar um novo corpo, e assim sucessivamente sob o comando do Criador do Universo e de todas as almas, `Aquele que esteve, está e sempre estará no comando: D’us.


http://www.chabad.org.br/biblioteca/artigos/vida/ 17/09/2013